3 Razões para celebrar o Ano Malfeito em Fafe
Entre 28 e 30 de março, Fafe acolhe mais uma edição do Ano Malfeito, um festival que desafia a centralização da música em Portugal e celebra a beleza do underground…
Como um abraço caloroso no panorama musical nacional, o 7º aniversário da Malfeito oferece um refúgio ternurento para os amantes da música alternativa, onde a descoberta e a comunidade se entrelaçam. E como a nossa querida cidade de Fafe se auto-intitula “A Sala de Visitas do Minho”, então afirmamos o Café Avenida e o Verde Pinho como centros a não perder nessa visita. Aqui deixamos as nossas razões principais:
1. Descentralização da Música:
Este evento acontece em Fafe, fora dos grandes centros urbanos, e há anos que ajuda a colocar a cidade no mapa da música alternativa em Portugal. O festival, sem se dar conta, acaba por contribuir para a democratização da cultura e levar música de qualidade a regiões menos abrangidas por grandes eventos. Os horários distribuem-se por dois cafés icónicos da cidade: durante a tarde podemos contar com atuações no Verde Pinho, que há décadas é um ponto de encontro geracional (os nossos pais frequentaram este local assiduamente e agora somos nós que lhe continuamos a dar vida). À noite, as atenções revertem-se para o Café Avenida, que é algo centenário. Aqui, foram literalmente os nossos avós e trisavós que o frequentaram, mas somos nós, Gen X’s, millennials e Gen Z’s, que continuamos a fazer dele um marco nesta cidade.
Curiosidade: O Café Avenida durante o Estado Novo serviu como ponto de resistência anti-fascista, chegou a acolher reuniões pro-democracia. E como netos de um desses resistentes, é um orgulho ENORME estar a escrever sobre isto aqui, e ainda poder frequentar o mesmo. #ComFafeNinguémFanfe
2. O Cartaz:
O Ano Malfeito apresenta (como sempre) um cartaz eclético que reúne bandas e DJs de diversos géneros musicais, desde rock e punk até eletrónica e experimental. É uma ótima oportunidade para descobrir novos artistas e bandas talentosas e apoiar o underground nacional e até internacional, como é o caso dos DEAFKIDS que vêm do Brasil e trazem consigo o “punk hardcore e experimentalismo neo-metal que vai buscar ao electro-psicadelismo a força contemporânea de existir”. Na verdade, é certo podermos contar com concertos catárticos de caras já conhecidas, como: Conferência Inferno, Cobrafuma, Gator, the Alligator e tantos outros. Contudo, são as bandas O Triunfo dos Acéfalos e bbb Hairdryer que vêm quebrar este boys club cis-heteronormativo, e certamente darão muito que falar nesta edição…
3. A Comunidade Malfeito
Ao longo de 7 edições, o Ano Malfeito tem reunido uma comunidade vibrante e unida de pessoas. Esta promotora cultural conseguiu dar-nos um espaço para celebrar a paixão pela música, fazer novas amizades e fortalecer o underground. É uma experiência completamente imersiva e que cria um sentido de coletividade que embora não seja único, é certamente especial. O público aqui é conhecido pela sua receptividade e calor humano, criando um ambiente acolhedor para todos. Além disso, o festival também promove a interação entre artistas e a sua audiência, proporcionando momentos únicos de troca e conexão. O Ano Malfeito é mais do que um festival, é uma comunidade que se une pela paixão à música!
Começa já esta quinta-feira! Temos encontro marcado em Fafe?
INFO BILHETES
Passe geral (pré-venda): 15€ (até 28 de fevereiro)
Passe geral (normal): 20€
Diários: 28 de março – 5€
29 ou 30 de março: 10€ (cada)
Os bilhetes estão disponíveis em BOL.PT e nos locais do evento.