5 Razões para veres Hetta em Famalicão
Um segredo bastante mal guardado e que é impossível de sussurrar, os Hetta vão a Famalicão no próximo Sábado (28 de Outubro) com ganas de berrar ao ouvido dos presentes no CRU :: espaço cultural e mostrar um reflexo de que, também em Portugal, o punk começa a ocupar outros territórios sonoros e conceptuais.
Press Release, Hetta
Estes meninos do Montijo andam nas bocas do mundo e estão praticamente de partida para a sua tour no Reino Unido. Antes disso, fazem uma paragem novamente a Norte, e numa casa que se está a tornar stop obrigatório da cena underground. Será num concerto a não perder, principalmente por cinco razões:
1. Sucesso da Banda
Quando várias fações musicais em Portugal chegam a acordo sobre a qualidade de uma banda ou artista, têm de ser realmente muito bons…
Desde a estreia do seu EP, Headlights, que se afirmaram no underground português semi-hardcore (e totalmente hardcore). Conseguiram boas e consensuais críticas, desde o crítico mais nepo-indiezinho até ao manda-chuva da música pesada. Críticas essas, que lhes valeram lugares de destaque de Norte a Sul, e até na edição do Amplifest este ano. Além disso, nós próprios confirmamos mais do que uma vez o seu poderio em palco: em Fafe no aniversário da Malfeito, e mais recentemente nos Maus Hábitos com a abertura para Soul Glo.
2. Pelo espaço que é o CRU
É mais do que um bar, é mesmo um Espaço Cultural. O CRU em Famalicão tem-se vindo a ratificar como paragem obrigatória para diversos subgéneros rock (e não só). Perdemos a conta aos metros quadrados de espaço, e salas que lá encontramos no passado fim de semana. Do mesmo modo, a sala principal de concertos superou as nossas expectativas de qualidade acústica. É, certamente, uma sala desafiante para qualquer técnico de som que se preze. Mas tendo em conta a concorrência de espaços a Norte, bem que consegue rivalizar ou até ser superior a alguns (principalmente na zona do Porto).
3. 5 paus o bilhete? Só???
Os tempos que correm não são fáceis para ninguém, principalmente a nível económico… Contudo, se temos que apertar o cinto porque não poupar 4 ou 6 contos em grandes promotoras e distribuir o dinheiro “pelas aldeias”? Uma coisa é garantida, não há magia como os venues e gigs pequenos. E um concerto destes, em que garantimos uma apoteose musical de sensações e sentimentos, ser apenas a 5 euros é quase criminoso. A grande fatia do público português nem merece uma bondade destas 😒
4. Descentraliza, porr@
É certo que as periferias à volta do Porto estão bem tramadas a nível cultural. Uma cidade gentrificada como o nosso querido Oporto, já viu melhores dias. Por isso, descentralizar de vez em quando não nos custa muito e Famalicão fica literalmente a menos de 30 minutos de carro do coração do Norte. Nós sabemos que o nosso público e a geração millennial que atingimos, consegue perfeitamente um “popó” onde cabem 4/5 amigos, e usando aquela expressão brejeira “não é preciso vender um rim” ao dividir as contas por todos… #descentraliza
5. FOMO
O “Fear of Missing Out” é real. Grandes histórias e noites para contar (ou não) aos netos, não começam com: – “Fiquei em casa com o rabiosque alapado no sofá“. Tendo em conta o turbilhão de emoções contrastantes que este mundo está, o mínimo que podemos fazer é usufruir do privilégio de termos este concerto.
Aponta na agenda: sábado (28 de out.) – 23h – CRU – Espaço Cultural em Famalicão.
Foto de capa do artigo: Débora Gomes